A autonomia e o desenvolvimento é o que permite às pessoas serem felizes.

O que é felicidade para si?

Felicidade é estar de bem com a vida! É gostar de viver, de conviver, de aprender!

Felicidade é gostar de sermos quem somos e do que fazemos. É sentirmos que vale a pena! É sermos agradecidos e valorizarmos o que temos, independentemente de querermos mais.

O que faz para ser mais feliz na sua vida e carreira?

Na minha vida o que me faz feliz são os prazeres simples como beber um copo de vinho e dar umas boas gargalhadas com os meus amigos. Dar um mergulho no mar e sentir-me revigorada; respirar fundo, sentir o cheiro da natureza e sentir-me em paz; abraçar quem mais amo e sentir-me querida, desejada. E claro… comer chocolate e sentir-me muito bem!

 Na minha carreira o que me faz mais feliz é fazer acontecer. Gosto muito de pensar, criar, imaginar e idealizar, mas nada me deixa mais feliz do que implementar, concretizar pôr em prática e ver os resultados. Adoro sentir que consegui! Que corri, saltei, transpirei, fiz transpirar, mas no final cheguei lá! Que ultrapassei obstáculos, encontrei caminhos, fiz desvios, fiz opções, tomei muitas decisões (difíceis muitas vezes), mas consegui!

Assumindo que é importante para uma empresa ter colaboradores felizes, o que é que a IFE by Abilways faz, em termos práticos, em prol da felicidade dos seus colaboradores?

 Na IFE by Abilways fazemos tudo o que podemos para promover um ambiente de descontração onde as pessoas se sentem bem e gostam de estar. Um ambiente onde gostam de trabalhar, mas também onde podem conviver, interagir e partilhar. Mudámo-nos no início do ano para um espaço maravilhoso na Avenida da Liberdade, onde criámos uma série de espaços a pensar nisto mesmo, na interação e na partilha, e depois veio o COVID… Agora aos poucos espero que comecemos a ser felizes neste novo espaço.

Incentivamos a celebração dos sucessos (dos pequenos e dos grandes). Temos uma sineta que é tocada cada vez que alguém atinge um determinado objetivo ou alcança uma meta importante e quando se justifica celebramos com champagne!

Temos uma equipa interna, a NOSSA, que promove diversos momentos de partilha ao longo do ano, arranjando diferentes motivos para estarmos juntos de uma forma descontraída e desta forma potencia o bem-estar dos colaboradores.

 Mas acima de tudo damos autonomia, colocamos desafios e damos espaço para aprender. Reconhecemos, acompanhamos, valorizamos e fazemos as pessoas sentirem que fazem a diferença, sempre que possível.

 É isto que considero que faz as pessoas serem felizes. Muito mais do que benefícios, a autonomia e o desenvolvimento é o que permite às pessoas serem felizes.

Fala-se muito sobre a necessidade das empresas criarem as condições para que os seus colaboradores se possam sentir felizes. Mas no seu entender, de quem é a responsabilidade pela felicidade corporativa – da empresa ou dos colaboradores?

 Na minha opinião os responsáveis pela nossa felicidade somos nós próprios.

É claro que o contexto ajuda, mas só depende de nós sermos ou não felizes. Há quem há muito não seja feliz numa empresa e não faz nada, nem tenta perceber como pode ser feliz onde está, nem sai em buca da felicidade.

As empresas têm de fazer tudo o que podem para proporcionar um ambiente que potencie a felicidade, mas é só.

Eu comparo a felicidade à motivação. É sempre mais fácil dizermos que estamos desmotivados porque não nos motivam. É o mesmo com a felicidade. Por mais que se faça vai sempre haver pessoas que só são felizes onde não são…

Surgiram entretanto novas funções adoptadas por algumas empresas – o Chief happiness Manager (CHO) e o Happiness Manager (HM) - será mesmo necessário existir a tempo inteiro um CHO ou HM e porquê?

Acho que é importante ter alguém que ajude a criar o tal ambiente de que falei há pouco. Alguém que seja nomeada para a função ou alguém que assuma essa função de forma natural (como no nosso caso). Mas, se essa pessoa deve ter uma função a full time ou a tempo parcial, se deve com um cargo específico com um nome pomposo ou não, isso já não sei. Não é isso que vai fazer a diferença. Não é por uma empresa ter um Chief Hapiness Manager que as pessoas vão ser mais felizes. A felicidade não surge por decreto.

 6.    Qual o papel dos líderes na felicidade corporativa e o que devem fazer para remover ou evitar os obstáculos à felicidade corporativa?

O papel dos líderes na felicidade corporativa passa por desempenhar bem o seu papel de líder e acompanhar, dar feedback, orientar, dar espaço para crescer e reconhecer. E perceber o que é que na organização pode estar a impedir que isto aconteça de forma generalizada. Os líderes de topo devem apostar no desenvolvimento e crescimento das suas equipas de liderança e perceber que é disso que depende a felicidade dos seus colaboradores e o sucesso do seu negócio.

Verifica mesmo, na prática, uma relação entre a felicidade dos colaboradores, a sua produtividade e a performance financeira das empresas?

Sem dúvida alguma. Quem gosta do que faz e está feliz com a sua função trabalha mais e melhor e isso tem impacto nos resultados. Não é o único fator, mas é certamente um dos mais importantes.

 Qual o foi o momento da sua carreira em que se sentiu mais feliz?

 Eu já me senti muito feliz muitas vezes. Sou alguém que gosta de valorizar o momento e nesse sentido já tive muitos momentos felizes. Recentemente talvez possa dizer que um momento em que me senti muito feliz foi no final da ExpoRH live, quando depois de meses de incerteza, muitas mudanças, decisões difíceis e muito trabalho em equipa, senti que o nosso esforço foi reconhecido por todos… e isso deixou-me muito feliz! 

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Temos que querer, genuinamente, uma equipa feliz, independentemente dos resultados que obtivermos

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Dar espaço para que os colaboradores possam crescer e fazerem alguns erros, que são um dos grandes professores